quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nada.

Não saber o porquê das coisas pode ser um grande passo para viver, pelo menos eu espero que seja assim pois acredito nisso.Acredito quando acordo de manhã e me pergunto porque as coisas não são exatamente do jeito que eu queria, procuro a resposta deixando meu coração na ponta de um lápis, em um caderno sem linhas e sem margens...Não encontro, mas deixo as perguntas lá, num paradoxo entre prisão e liberdade, minhas palavras ficam presas no papel, mas soltas pela inexistência dos limites (linhas e margens), elas não me dão respostas, mas me dão o que pensar.
Acho chique esse negócio de tecnologia, teclar e ver tudo milagrosamente em uma tela, apesar de gostar bem mais da minha máquina de escrever, aposentada porque não encontro a fita para as letras aparecerem na sequência que eu quero, as vezes digito nela só para sentir o arrepio de ter palavras desaparecidas, elas estão ali, mas não posso ver, sem os caracteres e as milhares opções de fontes.
Ultimamente as palavras fogem de mim e eu não corro atrás delas, mas gostaria que elas aparecessem, talvez o problema não seja as palavras, talvez seja o assunto. Sou do tipo que fala muito de amor, mas não acredito mais nele, o amor nessa sociedade individualista e egoísta está com problemas, mas eu sinto falta dele e ele não sente falta de mim, então me bloqueia da criatividade que ele me trás e eu acabo onde estou agora, tagarelando sobre nada.
Mas se o tal do amor quiser aparecer pra me ajudar de novo, já passou da hora.

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