quarta-feira, 22 de setembro de 2010

psicolove

A vida seria mais fácil para mim, se eu tomasse o caminho que meu analista diz ser o melhor, mas eu não conheço o gosto da desistência, eu preciso dessa luta incansável, desse alguém insubstituível e é isso que me impede de acordar em um 19 de setembro vazio e ser feliz - A falta algo.
Se os meios para chegar fossem fáceis, eu provavelmente não tomaria parte nessa luta e se cada manhã pensando em apenas uma pessoa não existisse, talvez a vida seria natural para mim, mas eu sei que enquanto essa minha rotina obsessiva durar, eu não vou desistir, não tenho vontade e isso obstrui meu caminho para a totalidade do normal.
E se eu fizesse o que meu analista diz, eu não precisaria dele, pois não seria humana.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

(parênteses)

Sobre não conseguir escrever.

As palavras fogem, os sentimentos se neutralizam e você não consegue olhar para a tela do computador e digitar qualquer coisa que passa pela sua cabeça, pois sua cabeça está mais vazia do que a página onde o alívio deveria ser trazido.
É horrível, como se toda a substância vital se esvaísse em um muro absorvente de ideias que deveriam aparecer na frente dos seus olhos, te fazendo pensar apenas em homens bonitos, futuro, vestibular e chocolates, e as cordas surgem em suas mãos, prendendo seus dedos para não se manifestar.
Bloqueios devem ser comuns, mas descobri nesses últimos meses que comum não significa indolor, e que a pior coisa que pode acontecer com alguém é perder a capacidade de expressar seus sentimentos através de palavras.
Desejo, de coração, que você ai que está vivendo um bloqueio criativo, encontre sua válvula de escape e volte a se expressar da maneira que gosta.

Ações.


   Quando meu coração foi partido, fiquei muito tempo deitada, imóvel e sem vontade de me mexer, levou meses até eu perceber que deitada ali eu não conseguiria mudar  a triste realidade na qual vivia.
   Eu o amava, mas queria esquecer-lo para sempre, talvez voltar no tempo e tirar-lo da minha vida, cedo demais descobri que não há tal relógio mágico que nos faz voltar no tempo, e sem o antigo amado não seria quem hoje sou.
   Dada as circunstâncias, um dia me levantei (pois era inevitável) e a partir dai não tinha como me deitar de novo, até alguém me machucar mais uma vez.
   Agora vivo nessa caça de algo que eu perdi sem querer, e entrei para o campo de batalha daqueles que procuram a sua parte inversa, aquela que está perdida para uma vez completa, nunca mais se separar.
   E quando deixar de ser metade, nunca mais me deitarei.

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