domingo, 13 de dezembro de 2009

Eu não quero dizer fim.

Ele chega a minha porta de terno e gravata, alinhado e perfeito; com a notícia de que aquele inquilino vai viver mais tempo aqui, os olhos quentes de quem traz humidecem os olhos de quem ouve que a solidão não vai sair e a saudade será constante.
O amor foge pela porta dos fundos de minha casa, deixando rastros para trás, como quem diz que a sua insuficiência é tão grande que ocupa todos os cômodos.
O chão me parece confortável e frio como o que fica, tanto faz o fato de existir mais alguém, a felicidade se escondeu por estar presa ao amor e eu nem pude sentir o gosto de quem me trouxe tudo isso.
Só uma pequena passagem pelos trilhos da dor.

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